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Neste blog, você encontrará poesias, material de enfermagem e biologia para download, artigos de fonoaudiologia e psicopedagogia.
As sugestões e críticas serão sempre bem-vindas!

Rosa Dall'Agnol

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"Poetizando..."


        Pensando no matuto quando vai estudar na capital, muitas vezes, para tentar uma vida melhor. Precisa trabalhar para pagar os estudos e se manter. Mas todo sertanejo sente uma saudade que eu tentei descrever em versos ...



O matuto quando vai
Trabalhar na capital
Deixa sua terra natal
Vem a lembrança do pai
Uma dor que o subtrai
Da vontade de estudar
Fica pensando em voltar
Mas lhe falta condição
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)






Quando a lembrança extravasa
O sertanejo saudoso
Se pega a pensar, choroso
“Ai que saudades de casa”
Recordação que me arrasa
Com vontade de voltar
Pra ver sabiá cantar
Numa tarde de verão
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)





Quando lembra da terrinha
Do forró de pé de serra
Do cabritinho que berra
Da cantiga da galinha
De pedir “benção madrinha”!
Ir de noitinha pescar
E lá mesmo cozinhar
O peixe no caldeirão
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)






Então chega o grande dia
De regressar pra morada
De caminhar pela estrada
Que na infância, eu corria
Brincando de montaria
No jumento a galopar
Pra quando em casa chegar
Tomar caldo de feijão
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)





Uma rolinha fez ninho
Na cumeeira da telha
Que qualquer um se ajoelha
Diante tanto carinho
Mas veio um redemoinho
A residência testar
E fazendo lamentar
Tamanha destruição
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Festa de Santa Luzia 13 de dezembro de 2011, no Sítio Riachão 2 em São José do Egito-PE


Aconteceu no Sítio Riachão 2 a VIII Festa de Santa Luzia, com Missa do Vaqueiro celebrada pelo Pe. Luis Marques (Luisinho).


MISSA DO VAQUEIRO

VAQUEIRO MANOEL LEITE


ANDERSON


VAQUEIROS RUMO À CAPELA DE SANTA LUZIA


TOINHO BRAZ


COMPADRE JOÃO E IARA


FIÉIS AGUARDAM A CHEGADA DOS VAQUEIROS





EU, E MEUS DOIS VAQUEIRINHOS




          A Festa de Santa Luzia (Santa LúciaSanta Luz, ou por vezes apenas Lúcia ) é uma festa religiosa católica, dedicada a Santa Luzia, que ocorre a 13 de Dezembro, dia consagrado a esta Santa.
Festa tradicional e popular, é celebrada principalmente na Escandinávia, em partes dos Estados Unidos da América (mormente por pessoas com raízes nos países escandinavos), no Brasil, e em alguns países da Europa do Sul, como Portugal.
              Santa Lúcia de Siracusa (± 283 - † 304), mais conhecida simplesmente por Santa Luzia (santa de luz), segundo a tradição da Igreja Católica, foi uma jovem siciliana, nascida numa família rica de Siracusa, venerada pelos católicos como virgem e mártir, que, segundo conta-se, morreu por volta de 304 durante as perseguições de Diocleciano.
              Na antiguidade cristã, juntamente com Santa CecíliaSanta Águeda e Santa Inês, a veneração à Santa Lúcia foi das mais populares e, como as primeiras, tinha ofício próprio. Chegou a ter vinte templos em Roma dedicados ao seu culto.
               O episódio da cegueira, ao qual a iconografia a representa, deve estar ligado ao seu nome Luzia (Lúcia) derivada de lux (= luz), elemento indissolúvel unido não só ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui-lhe a função de graça iluminadora.
                 É assim a padroeira dos oftamologistas e daqueles que têm problemas de visão.
                Sua própria festa é celebrada simbolicamente em 13 de dezembro, possivelmente doze dias antes do Natal para indicar ao cristão a necessidade de preparação espiritual e sua iluminação correspondente para essa importante data que se avizinha.

domingo, 11 de dezembro de 2011

POESIAS EM MOTE: "NO TERREIRO, A LUZ ACESA / DÁ REFLEXOS DE SAUDADE"

Quando um dos donos se vai
É infinita a tristeza
Choram pela incerteza
Pela saudade do pai
Quando a vida o subtrai
Sem a menor caridade
A morte com crueldade
Faz da dor uma represa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)


Sinto saudades de casa
Do meu quarto tão bonito
Que hoje está todo esquisito
Parece pinto sem asa
Recordação que arrasa
É ver a casa vazia
Não precisa nem vigia
No castelo sem princesa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)



Visitando esta casinha
Tive lembrança saudosa
Tanta comida gostosa
Mamãe fez lá na cozinha
Sinto o cheiro da galinha
E até parece verdade
Infância com liberdade
Que ao relembrar, fico presa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)



Foi um templo de esperança
Que não sei quem hoje habita
A velha casa bonita
Dos meus tempos de criança
Hoje só vejo a lembrança
De retratos de amizade
Fotos de felicidade
Quadros soltos, lá na mesa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)


Muitos anos se passaram
Dos meus tempos juvenis
Das histórias infantis
Quando meus pais me contaram
Momentos que adoçaram
Uma infância sem maldade
Hoje só tem a metade
E assim fico sem defesa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Educar é...

"A rocha é imensa e dura. O cortador bate uma, duas, três, dez
vezes, nenhuma rachadura. Ele dá 100 marteladas, só tirando
lascas. Na centésima primeira batida, a rocha imensa e dura se
parte em duas. O cortador de pedras sabe que não foi somente
aquela martelada a que conseguiu, mas também todas as que vieram
antes".

O que significa cativar?


Nosso presente é marcado quer pela violência e agitação social, quer por um rápido progresso tecnológico e científico, são muitos os desafios que se nos colocam no nosso dia-a-dia de professores – no exercício da nossa atividade docente e simultaneamente aquando do relacionamento interpessoal professor/aluno.


Oriundos de meios sociais diferenciados, portadores de certas características que os individualizam e os tornam «únicos», os alunos chegam até nós com um leque de atitudes e comportamentos diversos, geradores de sentimentos de satisfação e realização pessoal mas, também, por vezes, de ansiedade e frustração.

Consciente da minha função como educadora e formadora acredito que a escola ocupa, hoje, um lugar privilegiado na sociedade - além de ponto fulcral para o processo ensino-aprendizagem, é no espaço aula, no contacto que vamos estabelecendo com os alunos, ao longo de um ano lectivo, que contribuímos para a sua formação e educação, factores preponderantes para que, no futuro, se tornem cidadãos livres, responsáveis, críticos e disponíveis para participar plenamente na vida colectiva das sociedades de que fazem/farão parte.

Nesta linha, a escola não pode ignorar o desenvolvimento da sociedade, na qual está inserida, nem as transformações sociais que a "invadem" através dos alunos que a frequentam. Consequentemente devemos, a cada passo, repensar a nossa atuação como professores, em sala de aula, no exercício da nossa atividade letiva, as atitudes que tomamos; os métodos pedagógicos, as técnicas de ensino e os estilos de comunicação que adotamos para transmitir saberes, para criar no aluno o gosto pela aprendizagem e contribuir para o seu desenvolvimento, ajudando-o não só a encarar o futuro com confiança mas, também, a participar na sua construção de modo responsável e determinado.

No nosso dia a dia surgem-nos frequentemente problemas relacionados com o meio sócio-cultural a que os alunos pertencem, os quais tentamos solucionar através das mais corretas atitudes de apoio, de análise, compreensão e exploração – atitudes que estabelecem um clima de abertura, cooperação e confiança saudáveis que contribuem para uma melhor solução dos conflitos.

Aliás, penso que há dois fatores determinantes na relação professor-aluno "os laços", que se "criam", entre ambos, gerando um clima de confiança mútua e levando o aluno a expor os seu problemas, a partilhar as sua preocupações, os seus anseios, os seus sonhos, favorecendo condições que auxiliem o processo de ensino-aprendizagem. Outro dos "caminhos" escolhidos para alcançar os seus objectivos é, sem dúvida, "a motivação", método a partir do qual o professor tenta criar, no aluno, o gosto pela aprendizagem.

Todavia, a função do professor não deve consistir exclusivamente na exposição, na transmissão de informação ou conhecimento, mas apresentar os conteúdos sob a forma de problemas a resolver no sentido de conduzir o aluno à reflexão, contribuindo, assim, para o seu desenvolvimento intelectual e para a sua formação cívica. É por isso que são enormes as responsabilidades do professor a quem cabe formar o carácter e o espírito das novas gerações. Daí que o recurso ao estilo assertivo seja importante na relação pedagógica, pois, dessa forma, podemos estimular o aluno a expressar as sua ideias, os seus pensamentos honesta e abertamente. Com essa relação pedagógica visa o desenvolvimento da personalidade do formando, seria extremamente negativo ser-se agressivo, manipulador ou passivo, dado que o professor é aquele que ajuda o aluno a organizar e a gerir o seu saber. Deve, no entanto, demonstrar simultaneamente firmeza quanto aos valores que considera fundamentais e que devem orientar toda uma vida.

Notas e bibliografia consultada

  1. - in, Saint-Exupery, Antoine, o Principezinho, Ed. Aster.
  2. - in, Educação, Um Tesouro a Descobrir, Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, Edições Asa, pag77, 1996

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Existe aprendizado em viagens pedagógicas?

Por insinuar mudança de visão, o construtivismo busca considerar o conhecimento a partir da interação de dois diferentes elementos: o sujeito histórico e o objeto cultural. A leitura particular que cada indivíduo faz perante a atividade proposta para o aprendizado é de extrema importância na concepção construtivista, pois trata-se de uma construção peculiar, isto é, uma aprendizagem significativa, que se enquadra na facilidade de memorizar o conteúdo, na funcionalidade e na continuidade da aprendizagem.
Visita ao Engenho Massangana, onde Joaquim Nabuco passou sua primeira infância.
É possível que haja um maior desenvolvimento das operações mentais e da autonomia moral, uma vez que o sujeito pode preencher as necessidades (lacunas) daquele saber já constituído anteriormente. A melhor maneira de colocar a aprendizagem num círculo bem mais amplo é permitir que os alunos entrem em contato com as relações sociais, ou seja, com a sociedade.
Um dos caminhos mais comuns para permitir o contato dos alunos com um meio qualquer é a realização de estudos do meio.

O estudo do meio, que nada mais é que uma prática de ensino, se constitui como elemento fundamental da interdisciplinaridade e interação do aluno como um meio qualquer. Isto é, semelhante à atividade turística, o estudo do meio visa transformar as aulas em passeios, transportando os alunos para diferentes lugares, com a finalidade de estudo.
Essas “aulas-passeio” colocam os alunos em interação com o meio, gerando um círculo de relações sociais, econômicas e culturas interligadas, as quais permitem caracterizar esse tipo de atividade como uma forma de lazer e turismo aplicados à educação. Por esse motivo, engana-se quem pensa que o turismo educacional é uma mera excursão. Isso porque as atividades envolvem o aprendizado e têm horizontes bem mais amplos que uma simples saída cultural para um museu ou parque, já que sua proposta é integrar uma ação fora dos muros da escola ao currículo, reforçando, assim, conteúdos vistos em classe.No entanto, faz-se necessário que essas aulas-passeio tenham algum componente lúdico e de descontração, para que os alunos possam aprender brincando. Preferencialmente, os roteiros devem ser dinâmicos e interdisciplinares.


Capela do Engenho Massangana, onde foi batizado o "Grande" Joaquim Nabuco.
Uma das tarefas mais difíceis é falar do lazer na escola. Nesse caso, muita gente confunde lazer escolar com recreação escolar, por não saber o quão abrangente podem ser as atividades relacionadas à educação.
O lazer é um tempo propício para o desenvolvimento do exercício de busca do conhecimento e satisfação da curiosidade pessoal, independentemente do meio escolhido para esse fim.
Contudo, o lazer abre um campo educativo amplo não somente para se aprender coisas novas, mas principalmente para o exercício das possibilidades de participação social lúdica.


Preparando para o passeio de Catamarã,no Recife. Uma verdadeira aula de história sobe a nossa capital.
É importante o engajamento de educadores que tenham "afinidade" com seus alunos, um espírito jovem e MUITA paciência... Afinal, adolescentes são adolescentes. Eles fazem barulho, bagunça (mais que natural),mas também percebem o quanto estão crescendo e aprendendo com o momento...
Professor Lourival, o "jovem"...
Entre dois "Pedros"...
Professor Neném Patriota dá aula "Show" no Museu de Brennand

Visita ao Museu de Brenannd,na Várzea- Recife... e Será que estão se divertindo?


domingo, 9 de outubro de 2011

A origem do dia das crianças


A comemoração no Brasil
A iniciativa de criar um dia especialmente dedicado às crianças foi do deputado federal Galdino do Valle Filho, ainda na década de 1920. Depois de aprovada pelos deputados, o 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.
Mas a data só "pegou" mesmo em 1960, quando Eber Alfred Goldberg, diretor comercial da Fábrica de Brinquedos Estrela, fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto". Logo depois, as empresas decidiram criar a Semana da Criança, como meio de aumentar as vendas. Como a proposta surgiu no final de junho e os organizadores pretendiam fazer algo ainda naquele ano, o mês escolhido para a comemoração acabou sendo outubro. A idéia foi um êxito.
No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e "ressucitaram" o antigo decreto. A partir daí, o 12 de outubro se transformou em uma das datas mais importantes do ano para o setor de brinquedos.

Dia Universal da Criança
A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o dia 20 de novembro como o Dia Universal da Criança. Nessa data, também é comemorada a Declaração dos Direitos da Criança, aprovada em Assembléia Geral das Nações Unidas em 1959. Muitos dos direitos e liberdades contidos neste documento fazem parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Declaração dos Direitos da Criança estabelece, entre outras coisas, que toda criança requer proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.
Enquanto isso, em outros países...
No Brasil, o Dia da Criança é 12 de outubro. A Organização das Nações Unidas definiu 20 de novembro como Dia Universal da Criança. Vamos ver quando a data é comemorada em alguns países?

Índia 15 de novembroPortugal 1 de junho China 5 de maio Japão 5 de maiohttp://www.klickeducacao.com.br:8000/klickids/historia/historia01/historia01.asp

Em homenagem ao dia das crianças...Elas respondem: "O que é o amor?"


Esta foi uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia com um grupo de crianças de 4 a 8 anos. A sinceridade dos pequenos é impressionante. Eles fazem comparações tão simples, mas coerentes. Uma gracinha!
As crianças são sábias...
Respostas:
"Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita, porque sabe que isso fere seus sentimentos" - Mathew, 6 anos
"Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô, desde então, pinta as unha para ela. Mesmo quando ele tem artrite" - Rebecca, 8 anos
"Eu sei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras" - Lauren, 4 anos
"Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo conhecendo há muito tempo" - Tommy, 6 anos
"Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente" - Billy, 4 anos
"Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela" - Chrissy, 6 anos
"Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, ara ter certeza que está do gosto dele" - Danny, 6 anos
"Amor é o que está com a gente no natal, quando você pára de abrir os presentes e o escuta" - Bobby, 5 anos
"Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo que você não gosta. - Nikka 6 anos.
"Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso, aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda" - Samantha , 7 anos
"Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de deus, mas o amor de deus junta os dois" - Jenny, 4 anos
"Amor é quando mamãe vê o papai suado e mal cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford" - Chris, 8 anos
"Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai na platéia me acenando e sorrindo. Era a única pessoa fazendo isso e eu não sentia medo" - Cindy, 8 anos
"Não deveríamos dizer eu te amo a não ser quando realmente o sintamos. e se sentimos, então deveríamos expressá-lo muitas vezes. As pessoas esquecem de dizê-lo" - Jessica, 8 anos
"Amor é se abraçar, amor é se beijar, amor é dizer não" - Patty, 8 anos
"Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro" - Mary Ann, 4 anos
"Deus poderia ter dito palavras mágicas para que os pregos caíssem do crucifixo, mas ele não disse isso. Isso é amor" - Max, 5 anos".

Para que você possa viver o amor não é preciso procurar muito, ele está nas pequenas coisas...
Apenas ame como criança, e será muito feliz.

Turma de Psicopedagogia, Sertânia-PE. Módulo Finalizado! Valeu gente!

Registrar é essencial para que os momentos não se percam com o tempo.
Adorei vocês, meninas!
Turma de Psicopedagogia Clínica - FIP, Sertânia-PE
RELAXANDO ANTES DA AVALIAÇÃO








A HORA DA "PROVINHA"


EU LÁ NO FUNDO..."FISCALIZANDO" AS MENINAS DANADAS...KKKKK

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Talentos do Meu Riachão

Ontem à noite tive o "presente" de conhecer verdadeiros talentos "escondidos" aqui no Riachão. Lucélia e seu irmão João Carlos da família dos Bier (ou Bié?)... poetas desconhecidos, mas que merecem louvor.
Ao voltar de uma celebração na Capela de Santa Luzia, aqui no Riachão, a poetiza Lucélia questionou a luz acesa de uma casa vazia. A amiga Dandinha explicou que era a casa de Dona Dade (falecida há quase dois anos), mãe de "Carrim" de Nêgo, Lindalva e Ancelmo. E que todas as noites, os filhos da falecida iriam na casa acender as luzes...
Lucélia criou o mote:


NO TERREIRO, A LUZ ACESA
DÁ REFLEXO DE SAUDADE


Quem no caminho passar
Vê de relance o passado
Que hoje modificado
Faz meu peito se queixar
Minha mente vem lembrar
Vida de tranquilidade
Eu na flor da idade
E meus pais alí na mesa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(Lucélia)


Tantos anos se passaram
E aqui minha memória
Não esquece a trajetória
Os cômodos já me lembraram
Que um dia acomodaram
Eu e minha irmandade
Com tanta simplicidade
Sem saber o que tristeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(Lucélia)


Se vê logo na chegada
Que tá tudo diferente
Não se vê rosto de gente
A porta vive fechada
Quem olha o pé da calçada
Vê que a fatalidade
De ir pra eternidade
Tirou da casa a nobreza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(Lucécia)


De noite se acende a luz
Nessa casa abandonada
Clareando a calçada
Aos Donos fazendo jus
Que já estão com Jesus
Vivendo na eternidade
Na eterna claridade
Posso afirmar com certeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)



Casa velha solitária
Não tem mais ninguém morando
Vai aos poucos se acabando
Agindo de forma contrária
Sentindo a força arbitrária
O zelo da antiguidade
Não é mais nem a metade
Mesmo que faça limpeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)




A saudade se apossou
Dessa casa tão antiga
E a tristeza hoje se abriga
Onde seu dono morou
O dono da casa deixou
Sem ter a menor vontade
E o tempo com a maldade
A destrói sem gentileza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)




No terreiro e no batente
Vê-se o mato crescendo
Quase como que dizendo
Aqui não mora mais gente
A luz acesa na frente
Dá reflexo, claridade
Mas é que a realidade
Dentro só mora tristeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)




A tristeza fez morada
A saudade lhe invadiu
Seus donos ninguém mais viu
Nunca mais se soube nada
Só a casa abandonada
Restou na localidade
E os filhos na orfandade
Relembrando com tristeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)




Eita poetas! Fecho os olhos e imagino as cenas!
Como se fosse pouco, a poetiza Lucélia falou sobre deixar a casa em que mora para seguir outros rumos (Coisa que eu vivi há quase 10 anos atrás). Me emocionei ao escutá-la recitar essa grandiosidade...


SEM QUERER EU FUI EMBORA
DA CASA QUE ME CRIEI


Fui logo de manhazinha
Fazer minha despedida
Era hora da partida
Olhei a casa todinha
Dar um abraço em Mainha
Fui chorar e não chorei
Minha mala eu arrumei
E saí de porta a fora
Sem querer eu fui embora
Da casa que me criei
(Lucélia)




APRESENTANDO OS POETAS;
JOÃO CARLOS E LUCÉLIA
EDUARDO BERNARDO (MEU SOGRO)


ONTEM A NOITE (03/10/2011),A CASA DE MEU SOGRO, EDUARDO BERNARDO(DE AMARELO). AO FUNDO NENÉM BERNARDO E EU



NENÉM BERNARDO (MEU MARIDO), PADRE LUIZINHO E D.QUITÉRIA

NENÉM E PADRE LUIZINHO

JOÃO CARLOS E LUCÉLIA

JOÃO CARLOS, LUCÉLIA E ERIVALDO (QUEM CEDEU AS FOTOS)


Também foram recitadas poesias feitas homenageando Pe. Luizinho, a natureza, saudade,o tempo.... Foi poesia pra "mais de metro"...rsrs.

domingo, 2 de outubro de 2011

MISTÉRIO

Cada parte de mim você comanda.
Meu remédio de amor é seu sorriso.
Obedece, pra mim, quem tem juízo...
No meu peito você manda e desmanda.

Quando vi no seu verso a propaganda
Fui buscar, pois pra mim era preciso.
E aí vi que assim mesmo a gente anda
Percorrendo as estradas do improviso.

Improviso qualquer em nós não cabe,
Que viver de repente a gente sabe
E o tempero pra nossa poesia

Tem que ter o encanto e a doçura
De um balaio coberto de cultura
Junto a minha cruel filosofia.

Felipe Júnior

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Professor e Educador vivem em mundos diferentes?

Vivem, mas, não deviam. Ser professor é apenas uma função técnica, ser educador vai além. A escola que trabalha voltada para o conteúdo, onde cada professor pensa que sua obrigação maior é "dar o programa", precisa reestudar a sua função. Temos de nos convencer de que a base do compromisso educacional é o "objetivo' e não a "matéria". ....pois não basta a escola ser um simples difusor de conhecimentos. Ensinar a ler, a contar, a conhecer a geografia, a história, as ciências é sem dúvida tarefa meritória. Mas a vida moderna exige da escola muito mais: ela tem de levar o aluno a pensar, a contextualizar, a analisar comparativamente, a quebrar preconceitos, a buscar soluções gradativas para problemas que afetam a sua comunidade.
Enfim a escola tem também a nobre função de formar cidadãos......(Renato Mesquita) e para isto é necessário transformar o pessoal docente de instrutores em educadores. Mas essa é uma proposta repetida inúmeras vezes, em cursos e palestras que eventualmente assistimos.
O importante é como conseguir isso.A escola e o professor em particular têm uma responsabilidade extraordinária na formação do adolescente, no aperfeiçoamento da pessoa como ser integral. Esse aperfeiçoamento deve embasar-se numa filosofia de vida indispensável á formação do ser humano. É o homem em condições de zelar pela sua dignidade individual perante a coletividade; é o ser ajustado á família, á comunidade de vivência, ao trabalho, ás instituições, ao respeito aos demais indivíduos; é a pessoa cultivada para servir ao próximo,sem preconceitos de quaisquer naturezas, visando o aprimoramento individual, coletivo, universal; etc.
Viagem com 8ª série. Natal-RN Aula no aquário de tubarões. (turma de 2008)

Os parágrafos acima mostram, em resumo, quais seriam os objetivos da educação ou as finalidades legais da educação contidas nos documentos oficiais. Mas a realidade do texto legal não corresponde a realidade das nossas escolas. Uma análise, por mais superficial que seja, não pode fugir a uma constatação de imediato. O professor e as escolas de um modo geral, ainda não colocaram o aluno no centro de seus interesses, procurando de forma compatível com aquelas finalidades, atender as verdadeiras necessidades da adolescência e do ser humano.Nossas escolas oscilam entre dois campos gravitacionais (e os professores devem, ou é aconselhável, seguir essa orientação): o conteúdo e o documento. Umas vivem em função do conteúdo; é necessário "dar a matéria", "cumprir o programa", mesmo que os alunos não os acompanhem.....nestas os índices de reprovação são elevados, o que se constitui num título de glória e qualificação do estabelecimento.......Outras, talvez a maioria, vivem em função do documento. È preciso ter documentos para arquivar ou apresentar á inspeção. A realidade e o valor do que consta no documento é de segunda importância. Cumprido os dias letivos, o número de disciplinas de cada série, provas realizadas, certidões anotadas, pagamentos em dia...tudo foi perfeito. Para o aluno essa escola dá uma lição imediata -a questão é estar documentado e, para ele, documento é "nota de aprovação". Tudo então se resume na campanha para obtenção da nota de aprovação, isso com aplausos docente, familiar e social....

As alunas mais lindas...Feira de fitoterapia de 2009

Algumas escolas "inovam inteligentemente" (sic) chamando a nota de "conceito". Há até as que inventaram um processo de tirar média de conceitos!E o pior que para se chegar a essas "brilhantes" conclusões, vem aí "reuniões pedagógicas" eivadas de "nobres", "brilhantes" e "maravilhosas" opiniões e conclusões....pérolas da intelectualidade pedagógica.
Aula prática de primeiros socorros com 6ª série

Colônia de férias...conhecendo a vida no campo



O que é necessário é uma mobilização ou conscientização do docente para o seu papel de educador e não de instrutor de conteúdo. É necessário que reflitam sua vivência para que possam atender as reais necessidades da sua clientela, ou seja, do adolescente. Quais seriam essas necessidades? Seriam elas hoje idênticas às de gerações passadas?


Podemos apontar algumas:



A aceitação social. Os adolescentes precisam encontrar maior aceitação social; tem permanente preocupação de evitar as acusações dos maiores. Até que ponto são eles os responsáveis pelos fatos em que se envolvem;O pertencer a um grupo: fazer parte de um grupo é uma necessidade imperiosa. Mas como ser aceito pelo grupo? As atividades escolares precisam cuidar atentamente disso; preparar o aluno para que ele saiba escolher e participar ativa e construtivamente nos seus grupos de trabalho e lazer;A afeição: os adolescentes na instabilidade biopsicológica que os caracteriza, necessitam freqüentemente de afeição. O tratamento distante e padronizado provoca acúmulo de descontentamento e juízos deformados. Tal fato ocorre na família também, provocando as demonstrações aparentemente ridículas de adolescentes que procuram aparentar o oposto, isto é,de que são auto-suficientes e não precisam da simpatia e amizade de parentes e professores.A escola dentro daquelas finalidades não pode alhear-se ao problema;A responsabilidade. Os adolescentes gostam de assumir responsabilidades e serem considerados responsáveis. A escola que dá "matéria" e "notas" para cada classe não toma conhecimento de cada aluno. Mesmo quando exige uma responsabilidade dos alunos, ela não se apresenta na forma compatível com a necessidade dos adolescentes; é responsabilidade imposta, não aceita.Outras necessidades poderão ser facilmente levantadas por uma escola que tenha o espírito de pesquisa. Associando as finalidades da educação com o atendimento das necessidades da adolescência através do emprego de disciplinas e práticas educativas no seu exato sentido, as escolas tem elementos para realizar excelente ação educativa.Mas vamos procurar os educadores. Onde poderiam estar? Encontramos professores,muitos.....mas professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão; é vocação.E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança... ...que terá acontecido com ele, o educador... resta-lhe algum espaço? Será que alguém lhe concede a palavra e lhe dá ouvidos? Merecerá sobreviver? Tem alguma função social ou econômica a desempenhar?...pode ser que educadores sejam confundidos com professores, da mesma forma como se pode dizer: jequitibá e eucaliptos, não é tudo árvore , madeira? No final,não dá tudo no mesmo?Não, não dá tudo no mesmo, porque cada árvore é a revelação de um "habitat",cada uma delas tem cidadania num mundo específico...há árvores que tem personalidade...diferente de todas, que sentiu coisas que ninguém mais sentiu......Os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um nome, uma "estória" a ser contada. Habitam um mundo em o que vale é a relação que os ligam aos alunos, sendo que cada aluno é uma "entidade" "sui generis", portador de um nome, também de uma "estória", sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo para acontecer neste espaço invisível e denso, que se estabelece a dois...(Rubem Alves)Mas os professores são habitantes de um mundo diferente, onde o "educador" pouco importa, pois o que interessa é um "crédito" cultural que o aluno adquire numa disciplina identificada por uma sigla, sendo que, para fins institucionais, nenhuma diferença faz aquele que a ministra. Por isso mesmo, professores são "entidades" descartáveis, da mesma forma como há canetas descartáveis, etc, etc...O educador constrói, habita um mundo em que a interioridade faz uma diferença, em que as pessoas se definem por suas visões, paixões, esperanças e horizontes utópicos. O professor ao contrário, é funcionário de um mundo dominado pelo Estado e pelas empresas. É uma entidade gerenciada, administrada segundo a sua excelência funcional, excelência essa que é sempre julgada á partir dos interesses do sistema. Freqüentemente o educador é mau funcionário, porque o ritmo do mundo do educador não segue o ritmo do mundo da instituição. A educação ocorre colada ao imprevisível de uma experiência de vida não gerenciada. Para ser gerenciada a vida precisa ser racionalizada. É no espaço institucional entre a razão e a paixão que surge esta entidade contraditória - o professor - que recebe um salário, CIC, RG e outros números,adquire direitos, soma quinquênios, escreve relatórios, assina listas de presença e quantifica os estudantes.
De educadores para professores realizamos o salto de pessoa para funções.(Rubem Alves)