Que bom recebê-lo aqui!

Neste blog, você encontrará poesias, material de enfermagem e biologia para download, artigos de fonoaudiologia e psicopedagogia.
As sugestões e críticas serão sempre bem-vindas!

Rosa Dall'Agnol

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Talentos do Meu Riachão

Ontem à noite tive o "presente" de conhecer verdadeiros talentos "escondidos" aqui no Riachão. Lucélia e seu irmão João Carlos da família dos Bier (ou Bié?)... poetas desconhecidos, mas que merecem louvor.
Ao voltar de uma celebração na Capela de Santa Luzia, aqui no Riachão, a poetiza Lucélia questionou a luz acesa de uma casa vazia. A amiga Dandinha explicou que era a casa de Dona Dade (falecida há quase dois anos), mãe de "Carrim" de Nêgo, Lindalva e Ancelmo. E que todas as noites, os filhos da falecida iriam na casa acender as luzes...
Lucélia criou o mote:


NO TERREIRO, A LUZ ACESA
DÁ REFLEXO DE SAUDADE


Quem no caminho passar
Vê de relance o passado
Que hoje modificado
Faz meu peito se queixar
Minha mente vem lembrar
Vida de tranquilidade
Eu na flor da idade
E meus pais alí na mesa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(Lucélia)


Tantos anos se passaram
E aqui minha memória
Não esquece a trajetória
Os cômodos já me lembraram
Que um dia acomodaram
Eu e minha irmandade
Com tanta simplicidade
Sem saber o que tristeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(Lucélia)


Se vê logo na chegada
Que tá tudo diferente
Não se vê rosto de gente
A porta vive fechada
Quem olha o pé da calçada
Vê que a fatalidade
De ir pra eternidade
Tirou da casa a nobreza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(Lucécia)


De noite se acende a luz
Nessa casa abandonada
Clareando a calçada
Aos Donos fazendo jus
Que já estão com Jesus
Vivendo na eternidade
Na eterna claridade
Posso afirmar com certeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)



Casa velha solitária
Não tem mais ninguém morando
Vai aos poucos se acabando
Agindo de forma contrária
Sentindo a força arbitrária
O zelo da antiguidade
Não é mais nem a metade
Mesmo que faça limpeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)




A saudade se apossou
Dessa casa tão antiga
E a tristeza hoje se abriga
Onde seu dono morou
O dono da casa deixou
Sem ter a menor vontade
E o tempo com a maldade
A destrói sem gentileza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)




No terreiro e no batente
Vê-se o mato crescendo
Quase como que dizendo
Aqui não mora mais gente
A luz acesa na frente
Dá reflexo, claridade
Mas é que a realidade
Dentro só mora tristeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)




A tristeza fez morada
A saudade lhe invadiu
Seus donos ninguém mais viu
Nunca mais se soube nada
Só a casa abandonada
Restou na localidade
E os filhos na orfandade
Relembrando com tristeza
No terreiro a luz acesa
Dá reflexo de saudade
(João Carlos)




Eita poetas! Fecho os olhos e imagino as cenas!
Como se fosse pouco, a poetiza Lucélia falou sobre deixar a casa em que mora para seguir outros rumos (Coisa que eu vivi há quase 10 anos atrás). Me emocionei ao escutá-la recitar essa grandiosidade...


SEM QUERER EU FUI EMBORA
DA CASA QUE ME CRIEI


Fui logo de manhazinha
Fazer minha despedida
Era hora da partida
Olhei a casa todinha
Dar um abraço em Mainha
Fui chorar e não chorei
Minha mala eu arrumei
E saí de porta a fora
Sem querer eu fui embora
Da casa que me criei
(Lucélia)




APRESENTANDO OS POETAS;
JOÃO CARLOS E LUCÉLIA
EDUARDO BERNARDO (MEU SOGRO)


ONTEM A NOITE (03/10/2011),A CASA DE MEU SOGRO, EDUARDO BERNARDO(DE AMARELO). AO FUNDO NENÉM BERNARDO E EU



NENÉM BERNARDO (MEU MARIDO), PADRE LUIZINHO E D.QUITÉRIA

NENÉM E PADRE LUIZINHO

JOÃO CARLOS E LUCÉLIA

JOÃO CARLOS, LUCÉLIA E ERIVALDO (QUEM CEDEU AS FOTOS)


Também foram recitadas poesias feitas homenageando Pe. Luizinho, a natureza, saudade,o tempo.... Foi poesia pra "mais de metro"...rsrs.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você achou? Comente aqui!