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Rosa Dall'Agnol

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O que significa cativar?


Nosso presente é marcado quer pela violência e agitação social, quer por um rápido progresso tecnológico e científico, são muitos os desafios que se nos colocam no nosso dia-a-dia de professores – no exercício da nossa atividade docente e simultaneamente aquando do relacionamento interpessoal professor/aluno.


Oriundos de meios sociais diferenciados, portadores de certas características que os individualizam e os tornam «únicos», os alunos chegam até nós com um leque de atitudes e comportamentos diversos, geradores de sentimentos de satisfação e realização pessoal mas, também, por vezes, de ansiedade e frustração.

Consciente da minha função como educadora e formadora acredito que a escola ocupa, hoje, um lugar privilegiado na sociedade - além de ponto fulcral para o processo ensino-aprendizagem, é no espaço aula, no contacto que vamos estabelecendo com os alunos, ao longo de um ano lectivo, que contribuímos para a sua formação e educação, factores preponderantes para que, no futuro, se tornem cidadãos livres, responsáveis, críticos e disponíveis para participar plenamente na vida colectiva das sociedades de que fazem/farão parte.

Nesta linha, a escola não pode ignorar o desenvolvimento da sociedade, na qual está inserida, nem as transformações sociais que a "invadem" através dos alunos que a frequentam. Consequentemente devemos, a cada passo, repensar a nossa atuação como professores, em sala de aula, no exercício da nossa atividade letiva, as atitudes que tomamos; os métodos pedagógicos, as técnicas de ensino e os estilos de comunicação que adotamos para transmitir saberes, para criar no aluno o gosto pela aprendizagem e contribuir para o seu desenvolvimento, ajudando-o não só a encarar o futuro com confiança mas, também, a participar na sua construção de modo responsável e determinado.

No nosso dia a dia surgem-nos frequentemente problemas relacionados com o meio sócio-cultural a que os alunos pertencem, os quais tentamos solucionar através das mais corretas atitudes de apoio, de análise, compreensão e exploração – atitudes que estabelecem um clima de abertura, cooperação e confiança saudáveis que contribuem para uma melhor solução dos conflitos.

Aliás, penso que há dois fatores determinantes na relação professor-aluno "os laços", que se "criam", entre ambos, gerando um clima de confiança mútua e levando o aluno a expor os seu problemas, a partilhar as sua preocupações, os seus anseios, os seus sonhos, favorecendo condições que auxiliem o processo de ensino-aprendizagem. Outro dos "caminhos" escolhidos para alcançar os seus objectivos é, sem dúvida, "a motivação", método a partir do qual o professor tenta criar, no aluno, o gosto pela aprendizagem.

Todavia, a função do professor não deve consistir exclusivamente na exposição, na transmissão de informação ou conhecimento, mas apresentar os conteúdos sob a forma de problemas a resolver no sentido de conduzir o aluno à reflexão, contribuindo, assim, para o seu desenvolvimento intelectual e para a sua formação cívica. É por isso que são enormes as responsabilidades do professor a quem cabe formar o carácter e o espírito das novas gerações. Daí que o recurso ao estilo assertivo seja importante na relação pedagógica, pois, dessa forma, podemos estimular o aluno a expressar as sua ideias, os seus pensamentos honesta e abertamente. Com essa relação pedagógica visa o desenvolvimento da personalidade do formando, seria extremamente negativo ser-se agressivo, manipulador ou passivo, dado que o professor é aquele que ajuda o aluno a organizar e a gerir o seu saber. Deve, no entanto, demonstrar simultaneamente firmeza quanto aos valores que considera fundamentais e que devem orientar toda uma vida.

Notas e bibliografia consultada

  1. - in, Saint-Exupery, Antoine, o Principezinho, Ed. Aster.
  2. - in, Educação, Um Tesouro a Descobrir, Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, Edições Asa, pag77, 1996

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