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Rosa Dall'Agnol

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"Poetizando..."


        Pensando no matuto quando vai estudar na capital, muitas vezes, para tentar uma vida melhor. Precisa trabalhar para pagar os estudos e se manter. Mas todo sertanejo sente uma saudade que eu tentei descrever em versos ...



O matuto quando vai
Trabalhar na capital
Deixa sua terra natal
Vem a lembrança do pai
Uma dor que o subtrai
Da vontade de estudar
Fica pensando em voltar
Mas lhe falta condição
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)






Quando a lembrança extravasa
O sertanejo saudoso
Se pega a pensar, choroso
“Ai que saudades de casa”
Recordação que me arrasa
Com vontade de voltar
Pra ver sabiá cantar
Numa tarde de verão
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)





Quando lembra da terrinha
Do forró de pé de serra
Do cabritinho que berra
Da cantiga da galinha
De pedir “benção madrinha”!
Ir de noitinha pescar
E lá mesmo cozinhar
O peixe no caldeirão
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)






Então chega o grande dia
De regressar pra morada
De caminhar pela estrada
Que na infância, eu corria
Brincando de montaria
No jumento a galopar
Pra quando em casa chegar
Tomar caldo de feijão
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)





Uma rolinha fez ninho
Na cumeeira da telha
Que qualquer um se ajoelha
Diante tanto carinho
Mas veio um redemoinho
A residência testar
E fazendo lamentar
Tamanha destruição
A SAUDADE DO SERTÃO
FAZ GENTE GRANDE CHORAR
(Rosa Dall’Agnol)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Festa de Santa Luzia 13 de dezembro de 2011, no Sítio Riachão 2 em São José do Egito-PE


Aconteceu no Sítio Riachão 2 a VIII Festa de Santa Luzia, com Missa do Vaqueiro celebrada pelo Pe. Luis Marques (Luisinho).


MISSA DO VAQUEIRO

VAQUEIRO MANOEL LEITE


ANDERSON


VAQUEIROS RUMO À CAPELA DE SANTA LUZIA


TOINHO BRAZ


COMPADRE JOÃO E IARA


FIÉIS AGUARDAM A CHEGADA DOS VAQUEIROS





EU, E MEUS DOIS VAQUEIRINHOS




          A Festa de Santa Luzia (Santa LúciaSanta Luz, ou por vezes apenas Lúcia ) é uma festa religiosa católica, dedicada a Santa Luzia, que ocorre a 13 de Dezembro, dia consagrado a esta Santa.
Festa tradicional e popular, é celebrada principalmente na Escandinávia, em partes dos Estados Unidos da América (mormente por pessoas com raízes nos países escandinavos), no Brasil, e em alguns países da Europa do Sul, como Portugal.
              Santa Lúcia de Siracusa (± 283 - † 304), mais conhecida simplesmente por Santa Luzia (santa de luz), segundo a tradição da Igreja Católica, foi uma jovem siciliana, nascida numa família rica de Siracusa, venerada pelos católicos como virgem e mártir, que, segundo conta-se, morreu por volta de 304 durante as perseguições de Diocleciano.
              Na antiguidade cristã, juntamente com Santa CecíliaSanta Águeda e Santa Inês, a veneração à Santa Lúcia foi das mais populares e, como as primeiras, tinha ofício próprio. Chegou a ter vinte templos em Roma dedicados ao seu culto.
               O episódio da cegueira, ao qual a iconografia a representa, deve estar ligado ao seu nome Luzia (Lúcia) derivada de lux (= luz), elemento indissolúvel unido não só ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui-lhe a função de graça iluminadora.
                 É assim a padroeira dos oftamologistas e daqueles que têm problemas de visão.
                Sua própria festa é celebrada simbolicamente em 13 de dezembro, possivelmente doze dias antes do Natal para indicar ao cristão a necessidade de preparação espiritual e sua iluminação correspondente para essa importante data que se avizinha.

domingo, 11 de dezembro de 2011

POESIAS EM MOTE: "NO TERREIRO, A LUZ ACESA / DÁ REFLEXOS DE SAUDADE"

Quando um dos donos se vai
É infinita a tristeza
Choram pela incerteza
Pela saudade do pai
Quando a vida o subtrai
Sem a menor caridade
A morte com crueldade
Faz da dor uma represa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)


Sinto saudades de casa
Do meu quarto tão bonito
Que hoje está todo esquisito
Parece pinto sem asa
Recordação que arrasa
É ver a casa vazia
Não precisa nem vigia
No castelo sem princesa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)



Visitando esta casinha
Tive lembrança saudosa
Tanta comida gostosa
Mamãe fez lá na cozinha
Sinto o cheiro da galinha
E até parece verdade
Infância com liberdade
Que ao relembrar, fico presa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)



Foi um templo de esperança
Que não sei quem hoje habita
A velha casa bonita
Dos meus tempos de criança
Hoje só vejo a lembrança
De retratos de amizade
Fotos de felicidade
Quadros soltos, lá na mesa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)


Muitos anos se passaram
Dos meus tempos juvenis
Das histórias infantis
Quando meus pais me contaram
Momentos que adoçaram
Uma infância sem maldade
Hoje só tem a metade
E assim fico sem defesa
No terreiro a luz acesa
Dá reflexos de saudade
(Rosa Dall’Agnol)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Educar é...

"A rocha é imensa e dura. O cortador bate uma, duas, três, dez
vezes, nenhuma rachadura. Ele dá 100 marteladas, só tirando
lascas. Na centésima primeira batida, a rocha imensa e dura se
parte em duas. O cortador de pedras sabe que não foi somente
aquela martelada a que conseguiu, mas também todas as que vieram
antes".

O que significa cativar?


Nosso presente é marcado quer pela violência e agitação social, quer por um rápido progresso tecnológico e científico, são muitos os desafios que se nos colocam no nosso dia-a-dia de professores – no exercício da nossa atividade docente e simultaneamente aquando do relacionamento interpessoal professor/aluno.


Oriundos de meios sociais diferenciados, portadores de certas características que os individualizam e os tornam «únicos», os alunos chegam até nós com um leque de atitudes e comportamentos diversos, geradores de sentimentos de satisfação e realização pessoal mas, também, por vezes, de ansiedade e frustração.

Consciente da minha função como educadora e formadora acredito que a escola ocupa, hoje, um lugar privilegiado na sociedade - além de ponto fulcral para o processo ensino-aprendizagem, é no espaço aula, no contacto que vamos estabelecendo com os alunos, ao longo de um ano lectivo, que contribuímos para a sua formação e educação, factores preponderantes para que, no futuro, se tornem cidadãos livres, responsáveis, críticos e disponíveis para participar plenamente na vida colectiva das sociedades de que fazem/farão parte.

Nesta linha, a escola não pode ignorar o desenvolvimento da sociedade, na qual está inserida, nem as transformações sociais que a "invadem" através dos alunos que a frequentam. Consequentemente devemos, a cada passo, repensar a nossa atuação como professores, em sala de aula, no exercício da nossa atividade letiva, as atitudes que tomamos; os métodos pedagógicos, as técnicas de ensino e os estilos de comunicação que adotamos para transmitir saberes, para criar no aluno o gosto pela aprendizagem e contribuir para o seu desenvolvimento, ajudando-o não só a encarar o futuro com confiança mas, também, a participar na sua construção de modo responsável e determinado.

No nosso dia a dia surgem-nos frequentemente problemas relacionados com o meio sócio-cultural a que os alunos pertencem, os quais tentamos solucionar através das mais corretas atitudes de apoio, de análise, compreensão e exploração – atitudes que estabelecem um clima de abertura, cooperação e confiança saudáveis que contribuem para uma melhor solução dos conflitos.

Aliás, penso que há dois fatores determinantes na relação professor-aluno "os laços", que se "criam", entre ambos, gerando um clima de confiança mútua e levando o aluno a expor os seu problemas, a partilhar as sua preocupações, os seus anseios, os seus sonhos, favorecendo condições que auxiliem o processo de ensino-aprendizagem. Outro dos "caminhos" escolhidos para alcançar os seus objectivos é, sem dúvida, "a motivação", método a partir do qual o professor tenta criar, no aluno, o gosto pela aprendizagem.

Todavia, a função do professor não deve consistir exclusivamente na exposição, na transmissão de informação ou conhecimento, mas apresentar os conteúdos sob a forma de problemas a resolver no sentido de conduzir o aluno à reflexão, contribuindo, assim, para o seu desenvolvimento intelectual e para a sua formação cívica. É por isso que são enormes as responsabilidades do professor a quem cabe formar o carácter e o espírito das novas gerações. Daí que o recurso ao estilo assertivo seja importante na relação pedagógica, pois, dessa forma, podemos estimular o aluno a expressar as sua ideias, os seus pensamentos honesta e abertamente. Com essa relação pedagógica visa o desenvolvimento da personalidade do formando, seria extremamente negativo ser-se agressivo, manipulador ou passivo, dado que o professor é aquele que ajuda o aluno a organizar e a gerir o seu saber. Deve, no entanto, demonstrar simultaneamente firmeza quanto aos valores que considera fundamentais e que devem orientar toda uma vida.

Notas e bibliografia consultada

  1. - in, Saint-Exupery, Antoine, o Principezinho, Ed. Aster.
  2. - in, Educação, Um Tesouro a Descobrir, Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, Edições Asa, pag77, 1996